Raimundo Nóbrega – Crônica para Wamberto

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Wamberto Firmino da Silva, o ETERNO ARTILHEIRO, nasceu em Patos, sertão da Paraíba. Seu primeiro Clube foi o Nacional quando chegou a ser artilheiro do Campeonato Paraibano com 22 gols. Passou por vários Clubes do Nordeste onde se tornou ídolo de cada torcida.
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No nosso Botafogo, Wamberto disputou algumas temporadas quer como atleta, outras vezes como técnico. Em 1986 disputou o Campeonato Paraibano e o Campeonato Brasileiro da 1a Divisão.
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Na decisão do Campeonato Paraibano de 1986, o primeiro jogo foi em Campina Grande contra o Treze e o Belo ganhou por 1×0, com gol de Wamberto. E sobre esse gol, Wamberto conta um fato inusitado.
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Houve um penalty a favor do Botafogo assinalado pelo árbitro José Clizaldo. Wamberto brigava com Riva para bater o penalty quando veio uma ordem do banco de reservas. O técnico Mauro Fernandes determinou que o ponta esquerda Riva batesse o penalty. Fala-se que Wamberto tem “olho grande” e Riva desperdiçou o penalty, com o goleiro Hélio Show espalmando para escanteio.
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Batido o escanteio, por Riva, eis que aparece Wamberto e cabeceia para os fundos da rede, marcando o gol da vitória do Botafogo e o Negão saiu correndo para o banco de reservas, e ficou dançando à frente do banco de reservas. Mauro Fernandes se rendeu à categoria de Wamberto e o abraçou efusivamente.
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No jogo de volta, em João Pessoa, o Botafogo ganhou do Treze por 3×1, com Wamberto marcando um gol e dando o passe para os outros dois gols, conquistando o título de Campeão Paraibano daquele ano.
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Sua garra e sua força, aliadas a um grande caráter, foram as principais características desse grande atleta. Aposentou-se como atleta em 1997, no Botafogo, onde foi o principal artilheiro no nosso time com 16 gols. Por tudo que fez por nosso Clube agradecemos ao ETERNO ARTILHEIRO.
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Obrigado, Wamberto.