Celular com câmera, 4G e lives preocupam a CBF

Um celular com uma câmera que filme com certa eficiência e um plano de internet decente. Esse combo pode ser o terror da CBF, emissoras de TV e clubes para alguns jogos da Série A que, no momento, não terão qualquer transmissão ao vivo. A possibilidade de que torcedores façam “lives” das partidas “no escuro” e repassem por meio de redes sociais está no radar dos responsáveis pelo Brasileirão. Há percepção que será quase impossível impedir que isso ocorra, apesar de não ser permitido.

“Nenhuma pessoa presente no estádio poderá realizar tal transmissão sem autorização dos clubes. Obviamente a fiscalização disto, no dia do jogo, entre dezenas de milhares de torcedores, é inviável. Contudo, posteriormente os clubes podem localizar o torcedor que realizou a transmissão irregular e processá-lo pela infração aos seus direitos”, disse Eduardo Carlezzo, advogado especializado em direito desportivo. Ele avalia, entretanto, que dificilmente um caso desses seria enquadrado como crime.

A confederação, entretanto, admite que o controle na arquibancada é complicado de se fazer. Mas e se acontecer a “live”? Caberá aos clubes envolvidos na partida caso se sintam prejudicados, já que o direito pertence a eles (e, de qualquer modo, há contratos de televisionamento assinados com empresas que, por um desacerto de plataformas, não podem ser usados naquele jogo), procurarem identificar essas pessoas e acionarem a Justiça.

UOL