José Morais nasceu no dia 20 de fevereiro de 1942, na pequena e prazerosa cidade de Esperança – PB, e ainda garoto foi com os seus pais morar na cidade de João Pessoa, precisamente no Bairro de Cruz das Armas. Aquele jovem centroavante e também ponta direita ganhou o apelido de “Chicletes” e passou a integrar a equipe juvenil da Portuguesa de Cruz das Armas, em uma época de ouro para aquela agremiação amadora. Ao se destacar em competições de base, ele foi contratado para jogar na equipe profissional do Auto Esporte Clube, no início do ano de 1961, na qual foi observado por clubes maiores e passou pouco tempo.
Em 1961 e 1962 ele já integrava o forte e imbatível esquadrão do Campinense Clube, sagrando-se campeão por duas vezes. A Paraíba já era pequena para aquele habilidoso atacante, que foi jogar no Fluminense Futebol Clube, do Rio de janeiro, e depois na Portuguesa de Desportos, da cidade de São Paulo. Com a camisa da Lusa Paulista ele estreou marcando um gol, no todo poderoso Santos de Pelé.
Quando saiu da Portuguesa paulista, Chicletes disputou dois campeonatos pelo Sport Club do Recife, deixando a sua marca de artilheiro no vizinho Estado, mas não demorou muito e surgiu a oportunidade de jogar pelo Vitória de Guimarães, de Portugal. Foram duas temporadas seguidas em terras portuguesas.
Retornado ao Brasil, o nosso homenageado jogou a temporada de 1967 pelo Treze Futebol Clube, quando foi o artilheiro da disputada Taça Brasil daquele ano, marcando nove decisivos gols. Posteriormente voltou a Portugal para defender as cores do Sporting Lisboa; sendo bi-campeão português e também conquistando as cogitadas taças Tereza Herrera, Badajós e Montilla Moriles na Espanha.
Chicletes defendeu várias equipes estrangeiras de diversos países, jogando em Portugal, na França, Turquia e no Canadá, onde passou a ser chamado de “Moraes”; encerrando a sua vitoriosa carreira na metade da década de 70, retornando para o Brasil onde iniciou a carreira de treinador.
O nosso homenageado contraiu núpcias com uma portuguesa e dessa união tiveram três filhos. Por possuir dupla nacionalidade e ser bastante querido em Portugal, “Moraes” chegou a vestir a camisa do selecionado português em duas oportunidades amistosas, entre os anos de 69 e 70.
Consta na internet que o nosso homenageado, ao se afastar do futebol, concluiu o curso de Direito na antiga Universidade Regional da cidade de Campina Grande, onde atuou como advogado e faleceu no dia 13 de agosto de 2005.
Para nós, torcedores, cronistas e desportistas, ficou a certeza de que José Moraes, o popular artilheiro “Chicletes”, escreveu o seu nome, com tintas douradas e perpétuas, na brilhante história do futebol paraibano.