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O ex-jogador e ex-presidente da Uefa Michel Platini revelou na última quinta-feira um truque realizado para fazer Brasil e França se enfrentarem na final da Copa do Mundo de 1998, no próprio país europeu.
Em entrevista ao programa de TV France Bleu, o cartola afirmou que o confronto, que realmente aconteceu e terminou em 3 a 0 para os franceses, “era o sonho” da entidade máxima do futebol.
Para que a manipulação pudesse ter mais probabilidade de acontecer, a Fifa colocou Brasil e França respectivamente nos grupos A e C, de modo que ambas as seleções não pudessem se cruzar em fases posteriores, excluindo a decisão – imaginava-se que ambos ficariam na liderança de suas chaves.
Segundo as normas da Fifa, claro, o ato é algo considerado proibido, uma vez que as seleções devem ser sorteadas uma a uma.
Em três partidas, o time comandado por Zagallo venceu Escócia por 2 a 1 e Marrocos por 3 a 0, além de ter perdido por 2 a 1 para a Noruega – passou na primeira colocação da chave, com seis pontos. Depois, passou por Chile (4 a 1), Dinamarca (3 a 2) e Holanda (1 a 1 e triunfo nos pênaltis).
Já a França conquistou vitórias em seus três duelos: 3 a 0 na África do Sul, 4 a 0 na Árabia Saudita e 2 a 1 na Dinamarca. No mata-mata, as vítimas foram Paraguai (1 a 0), Itália (0 a 0 e vitória nos pênaltis) e Croácia (2 a 1).
“Não iríamos preparar uma Copa do Mundo durante seis anos para não fazer pequenas travessuras, não é? Você acha que os demais também não fizeram?”, indagou Platini.
Vale lembrar que a final entre Brasil e França também foi rodeada de polêmicas e incertezas: antes da partida, Ronaldo sofreu com uma convulsão, foi para o hospital e estava descartado da partida. Edmundo entraria em seu lugar. O “Fenômeno”, porém, chegou normalmente ao vestiário e entrou em campo.
No segundo tempo, o “Animal” perdeu as estribeiras com os companheiros, quando os brasileiros resolveram devolver a bola em lance de fair play e reclamou da apatia dos jogadores.