Di Lorenzo Serpa relembra trajetoria de Rinaldo

Nascido na cidade de Campina Grande, no dia 31 de outubro de 1966, o jovem Antônio Rinaldo Gonçalves logo cedo freqüentou as categorias de base do Campinense Clube, no antigo campo Plínio Lemos do tradicionalbairro de José Pinheiro, onde funcionava a famosa “Toca da Raposa”.

Depois foi transferido para o Treze Futebol Clube, passando a ser destaque do alvinegro da Serra da Borborema. Porém, seguindo aquela máxima de que “santo de casa não obra milagre”, a fama e o reconhecimento só vieram quando o craque passou a defender as cores corais do Santa Cruz do Recife.

Rinaldo foi considerado um dos maiores destaques do Santa Cruz em todos os tempos. Seu nome foi escrito na gloriosa história do tricolor do Arruda, junto aos nomes de Givanildo, Ramón, Nunes, Fumanchú, Ricardo Rocha e tantos cobras que já vestiram aquela camisa vitoriosa.

E quando foi no final da década de 80 o nosso craque já era conhecido nacionalmente e o seu passe foi vendido para o Fluminense Futebol Clube; o seu palco deixava de ser o “Colosso do Arruda” e passava a ser o maior estádio do mundo, o estádio Mário Filho, o popular “Maracanã”. As brilhantes atuações do ponta esquerda com a camisa do tricolor das laranjeiras, em destaque as finalizações, os passes precisos e as arrancadas culminaram com a convocação para a seleção brasileira. Era o ápice de sua carreira.

Depois do time carioca, o nosso craque foi transferido para outro tricolor, desta vez o São Paulo do técnico Telê Santana. No Morumbi o futebol de Rinaldo já não foi o mesmo, resultando em sua dispensa, depois de disputar vinte e oito partidas e marcar apenas quatro gols.

E antes de encerrar a sua brilhante carreira, o paraibano em destaque ainda jogou na Tunísia, no México, Portugal, Japão, Espanha, Grécia, China, Áustria, Turquia e em clubes brasileiros de menor expressão.

Agora, teve uma partida que marcou muito a exitosa carreira do nosso craque; foi aquela ocorrida no dia 31 de outubro de 1990, no estádio San Siro, na Itália, em comemoração aos cinqüenta anos de nascimento de Édson Arantes do Nascimento, quando Rinaldo vestiu a disputada camisa canarinho e tabelou com o “Rei Pelé”. Foi um jogo festivo e comemorativo transmitido por redes de televisão do mundo todo.

Segundo consta no livro “Craques da Paraíba que jogaram pela Seleção Brasileira” – de autoria do estudioso professor Luizinho Bola Cheia -, Rinaldo quando pendurou as famosas chuteiras foi residir no interior paulista, precisamente na cidade de Limeira, assumindo o sacerdócio de pastor evangélico.

Para nós, torcedores, cronistas e desportistas, ficou a certeza de que Antônio Rinaldo Gonçalves, o popular “Rinaldo”, escreveu o seu nome, com tintas douradas e perpétuas, na brilhante história do futebol paraibano.

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