LANCE- O fato da ata da reunião que aprovou mudanças no estatuto da CBF constar que os clubes não estavam presentes é o principal ponto contra a entidade no inquérito instaurado no Ministério Público do Rio sobre possível descumprimento à Lei Pelé. Segundo informações da coluna, como o encontro reduziu o poder de voto das filiadas sem convocá-las para participar da Assembleia, restaria à CBF dois caminhos: anular a reunião e realizar nova votação com os clubes, ou levar o caso à Justiça.
Por conta da ata constar a ausência dos clubes, a avaliação feita por pessoas ligadas ao inquérito do Ministério Público do Rio de Janeiro avaliar que este “é um caso sem maiores complexidades”. Intimada sobre o inquérito na semana passada, a CBF não havia apresentado sua defesa até o final da tarde de ontem.
Na Assembleia Geral da entidade ocorrida no final de março, a CBF aprovou mudanças em seu colégio eleitoral em que passou a dar peso três para o voto de cada uma das 27 federações, o que manteve o poder das entidades frente aos clubes, onde os representantes da Série A ficaram com peso dois, e os clubes da Série B com peso um. Dessa forma, as federações somam 81 votos contra apenas 60 dos clubes.
O inquérito no MP-RJ foi aberto após denúncia apresentada pelo deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), que foi o relator da Lei do Profut. Uma das medidas incluídas na nova lei foi exatamente a mudança no colégio eleitoral da CBF exigindo a participação dos clubes das Séries A e B.