A história dos uniformes da Seleção Brasileira em Copas

ESPN

  • A estreia

 

  • Copas: 1930 e 1934
  • Camisa branca
  • Calção azul
  • Meias pretas
  • Retrospecto
  • Vitórias: 1
  • Empates: 0
  • Derrotas: 2

 

  • Foi em 14 de julho de 1930 que o Brasil estreou na história das Copas do Mundo. O resultado não foi dos melhores, derrota por 2 a 1 para a Iugoslávia. Foi com essa roupa que Preguinho, filho do escritor Coelho Netto e um dos grandes nomes do Fluminense, marcou o primeiro gol brasileiro em Mundiais. Mas o traje, usado também na primeira vitória, 4 a 0 sobre Bolívia, também em 1930, acabou aposentado depois da derrota por 3 a 1 para a Espanha, placar que eliminou o Brasil na Copa do 1934. A roupa da estreia durou apenas 4 anos e três jogos.
  • 100% azul

 

  • Copas: 1938 e 1994
  • Camisa azul
  • Calção azul
  • Meias azuis
  • Retrospecto
  • Vitórias: 2
  • Empates: 0
  • Derrotas: 0

 

  • Duas vitórias em 56 anos. E pensar que o uniforme inteiro azul surgiu de uma derrota na moedinha. No sorteio, o Brasil perdeu para a Polônia e foi obrigado a usar uma cor alternativa e sem distintivo. Leônidas fez um gol de meia – diz a lenda –, e Ernest Willimowski se tornou o recordista de gols contra a seleção brasileira, com três. Em 1994, a camisa voltou contra a Suécia. Quem são se lembra do dancinha do goleiro Thomas Ravelli? E do gol de cabeça do baixinho Romário em meio aos gigantes suecos? Um uniforme para a história.
  • Uma única copa

 

  • Copa: 1938
  • Camisa branca
  • Calção azul
  • Meias azuis
  • Retrospecto
  • Vitórias: 2
  • Empates: 1
  • Derrotas: 1

 

  • Foi em 1938 que camisa azul, calção e mais brancas entrou em campo. Foi em 1938 que a indumentária se aposentou. Com o empate na estreia com a Tchecoslováquia, houve um replay para definir quem avançaria. O repeteco foi disputado apenas 48h depois, com vitória brasileira por 2 a 1. Derrota para a Itália na semifinal, vitória sobre a Suécia na disputa do bronze, e o Brasil, pela primeira vez, aparecia no pódio da Copa. E Leônidas se tornaria o 1º brasileiro artilheiro de um Mundial, com 7 gols em 5 jogos.
  • Roupa maldita?

 

  • Copa: 1950
  • Camisa branca
  • Calção branco
  • Meias brancas
  • Retrospecto
  • Vitórias: 4
  • Empates: 0
  • Derrotas: 1

 

  • Foram 4 vitórias, 19 gols a favor, 2 contra. Uma campanha irretocável. Aí veio o 16 de julho de 1950, veio o Uruguai, a derrota, a história. O Maracanazo foi, por 64 anos, o momento mais doloroso do futebol brasileiro. No jogo marcante e eterno, o Brasil entrou em campo inteiro de branco, como fizera em outras 4 partidas do Mundial. Muito provavelmente pelo resultado, o uniforme nunca mais foi usado em Copas e se tornou uma espécie de “roupa maldita” na história da seleção. O Maracanazo doeu tanto que mudou até a camisa do Brasil.
  • Vaias em São Paulo

 

  • Copa: 1950
  • Camisa branca
  • Calção azul
  • Meias brancas
  • Retrospecto
  • Vitórias: 0
  • Empates: 1
  • Derrotas: 0

 

  • A primeira Copa do Mundo no Brasil, em 1950, reservou o Pacaembu para um único jogo da seleção em São Paulo, contra a Suíça. Não, não foi uma boa experiência. O meio-campo de jogadores cariocas, formado por Eli, Danilo e Bigode, foi trocado pelo técnico Flávio Costa por um trio paulista, Bauer, Rui e Noronha. Desentrosamento à parte, a retranca do rival deu resultado. O Brasil chegou a abrir 2 a 1, mas os rivais empataram no fim. Assim, a seleção deixava o Pacaembu sob vaias, em sua única aparição paulista no Mundial.
  • Um clássico

 

  • Copas: 1954, 58, 62, 66, 70, 74, 78, 82, 86, 90, 94, 98, 02, 06, 10 e 14
  • Camisa amarela
  • Calção azul
  • Meias brancas
  • Retrospecto
  • Vitórias: 42
  • Empates: 11
  • Derrotas: 7

 

  • O Maracanazo criou um trauma tão grande que até a roupa precisava ser esquecida. Nascia, na estreia na Copa do Mundo de 1954, contra o México, a combinação que virou um verdadeiro manto para a seleção: camisa amarela, calção azul, meia branca. Dos cinco títulos, três vieram com essas cores, usadas nas decisões de 1962, 1970 e 1994. No total, essa roupa foi usada em 60 dos 104 jogos do Brasil em Mundiais, 57,69%. A seleção soma 70 vitórias em Copas, sendo 42 com esse uniforme, 60%. Uma herança bela e eterna do Maracanazo.
  • Invicto

 

  • Copas: 1958, 1974 e 1978
  • Camisa azul
  • Calção branco
  • Meias brancas
  • Retrospecto
  • Vitórias: 3
  • Empates: 0
  • Derrotas: 0

 

  • Uma vitória na final, contra a Suécia, em 1958, eternizando a combinação camisa azul, calção branco e meias brancas como aquela que levantou o primeiro título brasileiro na história das Copas . Foram mais duas vitórias: outra sobre o principal rival, a Argentina, em 1974, e quatro anos depois, sobre a Polônia, em jogo que levou a seleção à disputa de terceiro lugar. Três jogos, 100% de aproveitamento. Não dá para reclamar. Curiosamente, o uniforme não é usado pelo Brasil em Copas há 40 anos, uma espécie de descanso para o manto da primeira taça.
  • A roupa de 2014

 

  • Copas: 1962, 1974, 1978, 1986, 2006 e 2014
  • Camisa amarela
  • Calção branco
  • Meias brancas
  • Retrospecto
  • Vitórias: 5
  • Empates: 3
  • Derrotas: 2

 

  • Foram 10 jogos na história com essa combinação, 4 deles na Copa de 2014. Não, não é a roupa do 7 a 1, mas, das 7 partidas do Brasil em “seu” Mundial, 4 foram de camisa amarela, calção branco e meias brancas. Dá para dizer, sem erro, que essa se tornou a roupa da seleção na Copa em sua casa. As emoções foram distintas: da goleada sobre Camarões à vitória sofrida sobre o Chile nos pênaltis, do aperto diante da Colômbia à saideira desanimada na disputa do terceiro lugar contra a Holanda. Um uniforme para ser esquecido?
  • Único e histórico

 

  • Copa: 1970
  • Camisa amarela
  • Calção azul
  • Meias cinzas
  • Retrospecto
  • Vitórias: 1
  • Empates: 0
  • Derrotas: 0

 

  • O Brasil usou meias cinzas apenas uma vez na história das Copas, fazendo que a combinação com camisa amarela e calção azul se tornasse única. Afinal, foi no icônico jogo contra a Inglaterra, em 1970, que esse uniforme foi utilizado. E nunca mais. Assim, foi com essa roupa que Pelé cabeceou firme e viu Gordon Banks realizar aquela que é considerada a defesa mais difícil e bonita de todos os Mundiais. Foi com as meias cinzas que Tostão fez uma jogada absurda e cruzou para Pelé, que ajeitou para Jairzinho fazer um gol inesquecível.
  • Para esquecer?

 

  • Copa: 1974
  • Camisa azul
  • Calção azul
  • Meias brancas
  • Retrospecto
  • Vitórias: 0
  • Empates: 0
  • Derrotas: 1

 

  • Outra combinação que foi usada apenas uma vez, bastando para ser aposentada em Copas. “A Holanda não me preocupa” foi uma das frases do técnico Zagallo antes do duelo contra a Holanda. O futebol total implementado por Rinus Mitchels, simbolizado pela genialidade de Johan Cruijff, deu a resposta em campo: 2 a 0 e a eliminação do Brasil no Mundial de 1974. “Perdemos para uma grande equipe” foi uma das frases de Zagallo após a derrota. Era o fim do sonho do tetra, e também o fim da linha para a roupa azul e branca.
  • O penta e duas dores

 

  • Copas: 1990, 1998, 2002, 2006 e 2010
  • Camisa amarela
  • Calção azul
  • Meias azuis
  • Retrospecto
  • Vitórias: 7
  • Empates: 0
  • Derrotas: 2

 

  • O uniforme “quase” clássico – com meias azuis ao invés de brancas – tem 7 vitórias em Copas, 1 título, mas dá citar que as 2 derrotas foram das mais marcantes. Começamos pelas más notícias: foi essa combinação que viu Maradona entortar a defesa inteira e dar o gol para Caniggia eliminar o Brasil em 1990, assim como Henry repetiu em 2006. Entre as dores, a glória máxima: a vitória por 2 a 0 sobre a Alemanha, com shows de Rivaldo, Ronaldo e cia, e a conquista do penta em 2002, o último título mundial brasileiro. Um uniforme histórico.
  • Quatro jogos e muita história

 

  • Copas: 1994, 2002 e 2010
  • Camisa azul
  • Calção branco
  • Meias azuis
  • Retrospecto
  • Vitórias: 2
  • Empates: 1
  • Derrotas: 1

 

  • A combinação estreou na primeira fase de 1994, no empate com a Suécia. Depois, só jogos que se tornaram inesquecíveis, começando pelo espetacular 3 a 2 sobre a Holanda, nas quartas de final no caminho para o tetra. Foi com essa roupa que Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho (que gols!) viraram sobre a Inglaterra rumo ao penta em 2002. E veio a Holanda de novo, dessa vez sem alegria: Robinho marcou, Felipe Melo foi expulso, mas Sneijder resolveu dar show e virou, eliminando o Brasil em 2010. Uma roupa de festa, de boas memórias – e um tropeço.
  • 100%

 

  • Copa: 2002
  • Camisa amarela
  • Calção branco
  • Meias azuis
  • Retrospecto
  • Vitórias: 1
  • Empates: 0
  • Derrotas: 0

 

  • Mais uma indumentária usada apenas uma vez, com 100% de aproveitamento. No caminho para a conquista do penta, o Brasil, classificado, pegou a Costa Rica, que ainda sonhava com a vaga. Felipão poupou os pendurados Roque Júnior e Ronaldinho, e o jogo virou uma maluquice. Sobrando, a seleção fez 3 a 0, com direito a golaço de Edmilson. A defesa cochilou, os rivais descontaram, 3 a 2. Rivaldo e Júnior marcaram e construíram a goleada, 5 a 2. E foi assim que a combinação entrou em campo apenas uma vez em Mundiais.

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