Serpa di Lorenzo: “Emoções”

EMOÇÕES

“Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”.

Na companhia dos amigos de infância Walfredo Maia e Lúcio Ferreira, estive no mês passado visitando a belíssima cidade sertaneja de Petrolina – PE. Ali, às margens do abençoado Rio São Francisco visitei a Hidrelétrica de Sobradinho – BA, complexo arquitetônico que criou o maior lago artificial da América Latina. Também visitei a imensa indústria vinícola Terra Nova-Miolo, estruturas que mostram, por si sós, que a região nordestina sempre foi viável e rica, basta o homem querer.

Mas como a minha coluna trata de futebol, preferencialmente do passado, telefonei para o amigo “Chico Alegria”, atacante que surgiu em nosso futebol na década de 70 e que hoje reside na prazerosa Petrolina. Ele foi com a sua simpática esposa ao hotel onde eu estava hospedado e batemos um excelente papo lembrando o seu glorioso passado. Ao final, presenteei ele com o meu livro Causos & Lendas do Nosso Futebol e ele me presenteou uma linda camisa do Coritiba Foot Ball Club, uma das equipes que ele defendeu quando saiu da Paraíba.

No outro dia, fomos bem cedo conhecer o Centro Cultural Emoções, localizado na Rua Castro Alves, 428, Centro, local onde está arquivado e catalogado o enorme acervo da vida do cantor Roberto Carlos. Incrível. Fantástico. Fora de série. Excepcional. Enfim, não existe palavra para definir aquele ambiente de bons fluidos, recordações, arte e consequentemente da história do nosso país. São, fitas cassetes, LPs, CDs. Pen Drive, Revistas, fotos, jornais e imagens do Brasil e do mundo contando um pouco do maior representante do romantismo brasileiro de todos os tempos: ROBERTO CARLOS.

E como a minha especialidade é o futebol, aproveitei o conhecimento, a cordialidade e a dedicação de Adriano Thales, curador do Centro Cultural Emoções e indaguei sobre o futebol na vida do rei RC. Ele começou a explicar e mostrar fotografias do rei da música romântica ao lado do rei Pelé, Zico, Roberto Dinamite e demais estrelas do nosso futebol. E para a minha alegria de vascaíno, o rei da música é torcedor do meu Clube de Regatas Vasco da Gama, time também do coração de Pelé, o nosso rei do futebol. A impressão que ficou é que eles, Roberto Carlos e Pelé, que muito já fizeram por esse país sem memória, são atemporais e imortais.

Passamos aquela manhã toda viajando no tempo e no espaço com as músicas, fotos, revistas e a história de um país que encerrou a sua monarquia há bastante tempo ao proclamar a república em 15 de novembro de 1989, mas que nunca deixou de carinhosamente chamar os seus ídolos de majestades. Longevidade aos reis Roberto Carlos e Pelé, imortais que por várias décadas dão alegria ao povo brasileiro.