“O que vocês estão fazendo aqui é ajudando as pessoas que são intolerantes a continuar sendo intolerantes, é isso que vocês estão fazendo, reforçando essa sensação de que a gente tem que excluir quem é deficiente.”
A fala acima foi pronunciada por Silvia Carneiro, mãe de Luiza Baú, deficiente cognitiva, em uma conversa datada do último 8 de fevereiro, diante de uma coordenadora, uma assistente social e um advogado do Palmeiras, clube do qual são sócias. Elas relatam terem sido constrangidas e coagidas pelos funcionários do clube em uma sala da sede social durante 48 minutos de reunião, convocada pela coordenação com objetivo de convidar Luiza a se retirar das aulas de ioga.
Silvia não sabe nem precisar há quanto tempo ela e Marcelo, pai de Luiza, são sócios do Palmeiras. Faz décadas. A principal referência é a infância dos dois filhos gêmeos mais velhos do casal, hoje com 31 anos de idade, marcada por brincadeiras, atividades sociais e práticas esportivas no clube. Tinha tudo para ser igual com a irmã caçula. Mas não foi – e seria ainda mais desigual não fosse mãozinha do ex-presidente Mustafá.
UoL