ADEUS A UM GUERREIRO
por Raimundo Nóbrega
Gilmário Costa da Silva – ou simplesmente GILMÁRIO – era baiano de Feira de Santana. Teve passagens por grandes equipes nordestinas antes de chegar a nosso Botafogo, aos 29 anos de idade, em janeiro de 1998, quando Nelson Lira era presidente.
Naquele ano Gilmário formou um forte meio de campo, disputando vaga com Val Pilar, Raminho, Betinho, Arlan e Mauro, outros monstros sagrados daquela equipe.
Foi Campeão Paraibano 98, quebrando um jejum de 10 anos de nosso querido time, sem títulos de Campeão. Em 1999 foi BiCampeão Paraibano já tendo Luciano Wanderley como presidente.
Sua passagem pelo Botafogo, nesses dois anos, foi marcada, além dos títulos de Campeão Paraibano, com memoráveis jogos como aquele contra o Flamengo de Romário, num sensacional 3×3 no Almeidão. Quem não se lembra do decisivo jogo contra o Treze, em 99, quando Gilmário fez o gol de empate e deu assistência para o gol de Batistinha? Gilmário fez também grandes jogos pela Copa do Nordeste e pela Copa do Brasil.
Por aquela época já sofríamos com o fantasma da Série C. Fizemos boa campanha na fase classificatória mas perdemos no primeiro mata-mata contra o Confiança, em 98, e contra o Sergipe, em 99. Mas Gilmário, até nas derrotas, se destacava em campo, por sua RAÇA.
Gilmário dividia com o zagueiro Freitas a faixa de Capitão da equipe, pelo espírito vencedor que tinha, nos dois anos que passou como atleta do Belo.
E o Guerreiro nos deixou, vítima de um infarto fulminante, nesta 3a feira, 02 de julho de 2024. Mas tenho certeza que Gilmário estará, logo mais, torcendo por mais uma vitória do time de quem aprendeu a gostar.
Por tudo o que fez por nosso time, estamos fazendo essa homenagem póstuma, lhe dedicando o Troféu virtual SEVERINO DOS RAMOS LINS – NININHO – ao Guerreiro GILMÁRIO – e pedindo ao Pai Celestial que lhe acolha em sua derradeira morada.
Pra Cima deles, Belo!