Nesta sexta-feira (14), o Comitê de Gestão da Federação Internacional de Ciclismo alterou as regras e proibiu mulheres trans de participarem de competições femininas. Ela entre em vigor a partir da próxima segunda-feira (17).
Atletas transexuais femininas que fizeram a transição após o período da puberdade masculina não poderão mais competir em torneio internacionais. A decisão foi considerada devido à vitória de Austin Killips, primeira mulher transgênero assumida na modalidade, em evento oficial no começo do ano.
Killips, de 27 anos, conquistou a quinta etapa do “Tour of the Gila”, uma das provas mais marcantes dos Estados Unidos, e isso causou reações contrárias nos bastidores. Na época, ela se enquadrava dentro da política implementada pela Federação em relação à taxa de testosterona e tempo de transição. Em nota, a entidade se posicionou.
“Antes de tudo, a UCI gostaria de reafirmar que o ciclismo – como esporte competitivo, atividade de lazer ou meio de transporte – está aberto a todos, incluindo pessoas transgênero, a quem incentivamos como todos a participar de nosso esporte. Gostaria ainda de reafirmar que a UCI respeita e apoia integralmente o direito dos indivíduos à escolha do sexo que corresponde a sua identidade de gênero, qualquer que seja o sexo que lhes foi atribuído à nascença, mas tem o dever de garantir, acima de tudo, a igualdade de oportunidades para todos os concorrentes em provas de ciclismo”, disse David Lappartientdisse, presidente.
Jornal O Dia
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