ESPN- A Copa do Mundo de 2018 acabou. Veja algumas previsões do jornalista Mark Ogden para o Mundial de 2022.
As grandes seleções vão voltar
A Copa de 2018 não teve seleções como Itália, Holanda, Chile, Estados Unidos e Camarões. Agora, todos têm quatro anos para mostrar que o fracasso em se qualificar para a Rússia foi um evento isolado. Se aprenderem as lições, eles podem voltar mais fortes no Catar.
Ronaldo vai se despedir
Cristiano Ronaldo terá 37 anos em 2022, mas é difícil imaginar que o português vá perder uma última oportunidade para jogar a Copa. Se Portugal se qualificar, pode esperar que ele esteja lá, talvez um pouco mais lento e cabelos grisalhos, mas ainda com o apetite de ser o melhor.
Ele pode ganhar a Copa do Mundo com Portugal aos 37 anos? Provavelmente não, mas Ronaldo vai se certificar de deixar sua marca no Catar, mesmo que seja apenas porque ele escolheu aquele ponto para se despedir do jogo.
Catar será o pior anfitrião
Apenas na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, o anfitrião não passou para a segunda fase do mundial. No entanto, eles terminaram com uma vitória por 2 a 1 contra a França.
O Catar está no 97º lugar no ranking da FIFA e não tem nenhuma tradição em Copas do Mundo anteriores. O país tem um longo caminho a percorrer em termos de competitividade.
Jogar a Copa América do ano que vem no Brasil proporcionará a eles uma experiência de torneio e uma visão valiosa sobre o quanto precisam evoluir.
Africanos irão melhorar
A Rússia de 2018 foi um desastre para a África, com todos os cinco países sendo eliminados na fase de grupos. O Egito, de Mohamed Salah, perdeu todos os jogos. O Marrocos só conseguiu um empate em três jogos.
A Nigéria venceu a Islândia, mas caiu para a Argentina. A Tunísia ficou a poucos minutos de empatar com a Inglaterra e derrotar o Panamá. O Senegal tornou-se o primeiro time na história de uma Copa do Mundo a ser eliminado por meio de um desempate no Grupo H.
O Catar é uma oportunidade para a África contra-atacar e lembrar ao mundo sua habilidade no futebol.
Mbappe se confirma como a estrela de sua geração
Kylian Mbappe completará 23 anos quando jogar no Catar em 2022 e o atacante da França poderá ser absolutamente o que ele quiser. Lionel Messi e Ronaldo estarão com idade avançada e Neymar terá 30 anos, o que significa que o cenário está pronto para o francês assumir como o melhor do mundo.
O futebol não volta para casa
Greg Dyke, ex-presidente da Associação Inglesa de Futebol, definiu como meta para a Inglaterra vencer a Copa do Mundo de 2022. Sua ambição se baseava na inauguração do National Football Center no St. George’s Park.
A seleção melhorou seu futebol e teve uma chance de vencer na Rússia. Agora, eles terão boa oportunidade no Catar.
Pequeno não é necessariamente bonito
Uma das alegrias da Rússia de 2018 foi a visão de torcedores de todas as nações que cruzaram o país. Nos casos do Peru, Argentina e México, se deslocando em massa de uma parte da nação para outra.
O Catar será diferente, porém, com todos os estádios em um raio de 80 quilômetros. O país pode acomodar todos os torcedores em um espaço tão pequeno?
Fim da polêmica com VAR
A Rússia nos mostrou que o sistema de vídeo para arbitragem (VAR) chegou para ficar.
Em 2018, era quase um caso de aprendizado no trabalho. Daqui a quatro anos, ele irá se tornar parte do sistema do jogo. A próxima utilização do VAR provavelmente acabará com toda controvérsia.
Quem vai faturar os prêmios
O alemão Timo Werner vai conseguir a Chuteira de Ouro, sendo o artilheiro do Mundial.
A luva de ouro para melhor goleiro vai para um jogador de um país que nem sequer se qualificou para a Rússia 2018: Gianluigi Donnarumma, da Itália.
O melhor jogador jovem será o inglês Phil Foden (assumindo que ele pode se afirmar em um clube de ponta, mesmo que não seja o Manchester City).
Maior surpresa: Após a Croácia ter chegado até a final em 2018, nós achamos que o Irã será a equipe para ir bem em 2022. Eles tiveram a infelicidade de não avançar do Grupo B, mas serão uma verdadeira ameaça na próxima vez.
E quem será o campeão? Nós vamos com a França, apesar da história mostrar que é sempre difícil defender o título.