Terra
O ex-jogador e atual comentarista do SporTV Juninho Pernambucano se envolveu em uma polêmica nesta segunda-feira (30) no programa “Seleção Sportv”, comandado pelo jornalista André Rizek.
Os participantes do programa estavam debatendo sobre o incidente com a torcida do Flamengo na semana passada, quando alguns torcedores do Flamengo tentaram agredir o meia Diego no aeroporto. O comentarista então aproveitou a oportunidade e criticou os setoristas no geral, afirmando que os profissionais, não fazem um bom trabalho e citou as reportagens que são publicadas na imprensa, onde as mesmas eram equivocadas e que algumas ajudam a fomentar a violência da torcida.
“Os setoristas são muito piores hoje em dia. Eu sei que eles ganham mal, mas cada um tem o caráter que tem. Se eu sou setorista, o que eu ia fazer: tentar fazer um ótimo trabalho para tentar ir para outra etapa, subir”, destacou o comentarista.
Juninho ressalou a remuneração dos profissionais do jornalismo e disse que isso poderia fazer o meia Diego esquecer o ocorrido na última semana.
“Já vi isso também de olhar para você, um jogador que é profissional, não tem formação e ganha R$ 100 mil. Tem um cara que está ali, estudou quatro anos, fez de tudo para se formar jornalista, para ser setorista e ganha mal. Talvez ele leve isso em consideração”, concluiu.
Após alguns minutos, André Rizek disse no programa que teria recebido um comunicado da direção de jornalismo do Grupo Globo sobre o comentário.
“Há bons e maus profissionais em todas as categorias. Temos mais de 30 setoristas trabalhando hoje no Grupo Globo e eles recebem aqui nossa confiança e nossa solidariedade. Muitas vezes são eles que mais sofrem com o desequilíbrio e a eventual violência dos torcedores”, diz trecho da nota.
Rizek continuou lendo a nota enviada pela emissora: “Isso não quer dizer que o Juninho não tenha o direito à sua opinião, que é e continua sendo livre”.
O ex-jogador manteve sua opinião e afirmou respeitar a direção por ser ela quem “manda” no programa, mas, como já foi jogador, entende que existe um “outro lado da moeda”, e que, de fato, essas coisas acontecem por partes dos jornalistas.