Por: Adamastor Chaves
Distante dos acontecimentos esportivos da Paraíba, deixando um pouco de lado os tantos amigos construídos ao longo de mais de 30 anos nos microfones esportivos, vez por outra me assusto com acontecimentos não agradáveis. A mais recente na verdade deixou-me chocado, triste e associado àqueles que com ele desfrutavam da sua amizade. Trato da morte do amigo Haroldo Navarro, um verdadeiro automobilista. Sei que nada disso depende da gente, da nossa vontade, e sim Dele que dirige nossos destinos. Deus o chamou por entender que aqui na terra já havia cumprido a sua missão em família, entre amigos e naquilo que gostava de fazer.
Fiquei a pensar como os bons vão e os maus ficam. Isso tomando por parâmetro o comportamento subjetivo de cada ser humano. Lamentei demais a subida ao céu do amigo Haroldo Navarro. Eis que, devido à distância por mim adotada entre a convivência de ontem, na ativa profissional do microfone a serviço do desporto, vários fatos ocorreram na minha ausência do foco pessoense e não fui informado de ocorrências indesejáveis. Somente depois de saber da morte de Haroldo Navarro, ocorrido há poucos dias, neste mês de julho, foi que tomei conhecimento que há seis meses que mais um baluarte alvirrubro também tinha nos deixado.
Seu Paivinha! Severino Paiva, outro apaixonado pelo Auto Esporte que também deixava uma lacuna impreenchível nas hostes do Clube do Povo. Modesto e alheio a mídia, pois seu desejo era ajudar sem nada exigir em troca, nem mesmo títulos e conquistas do seu clube do coração. “Além da queda, coice”. Ao lamentar o falecimento do amigo Haroldo Navarro, que foi o choque imediato, soube que há seis meses Seu Paivinha tinha sido chamado primeiro por Ele. Quem perdeu foi o Auto Esporte, os automobilistas, os desportistas paraibanos, os amigos, admiradores e familiares com a perda desses dois baluartes do Auto Esporte. Pelo que foram, fizeram e deixaram raízes, Severino Paiva, primeiro, Haroldo Navarro, segundo, com certeza deixaram lacunas impreenchíveis no “clube do Povo”.
Nós que os conhecemos, convivemos com eles por muito tempo, e sabemos o que fizeram pelo engrandecimento do clube alvirrubro, temos certeza que, enquanto vida, tiveram orgulho em serem automobilistas e pelo “clube dos motoristas” fizeram o possível e impossível para ser a continuidade de suas famílias, pelo amor demonstrado por anos e anos. Que o nosso bom Deus os tenha recebido para reforço de seu conjunto de bons desportistas quando em suas missões aqui na Terra. Saudades!